É curioso: muitos empreendedores dedicam horas negociando contratos com fornecedores e clientes — discutem cláusulas, prazos, penalidades. Mas quando o assunto é a relação com o sócio, muitas vezes tudo fica no “acordo de boca”. Por quê?
A resposta está em uma palavra: confiança.
Com terceiros, somos naturalmente cautelosos. Já com sócios — que muitas vezes são amigos, parentes ou parceiros de longa data — partimos da ideia de que não é necessário formalizar, porque “estamos alinhados”.
Mas a realidade da sociedade é diferente. Ela é uma relação de longo prazo, e como toda relação duradoura, passa por fases, mudanças de visão, momentos de tensão e reavaliações de prioridades. E é aí que a falta de um acordo de sócios bem estruturado pode se tornar um risco silencioso.
💣 Um desalinhamento entre sócios pode custar mais do que dinheiro. Pode custar a empresa.
🔍 Um bom acordo de sócios não é sinal de desconfiança — é ferramenta de proteção e previsibilidade. Ele define, entre outros pontos:
- 📌 Direito de retirada e regras de saída voluntária
- 🛑 Exclusão de sócio por quebra de deveres ou conflito de interesses
- 🔄 Regras para venda de participação a terceiros
- 👨👩👧 Entrada de herdeiros em caso de falecimento
- 🎯 Papel e responsabilidades de cada sócio
- 💸 Política de remuneração e distribuição de lucros
- 📊 Quóruns de deliberação e tomada de decisão
- 🚫 Cláusulas de não concorrência e confidencialidade
Cada sociedade é única, e o acordo deve refletir sua realidade, momento e propósito. O importante é não deixar para discutir quando o problema já estourou.
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