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Por que a estrutura societária da sua clínica merece atenção imediata

Em clínicas e hospitais, o foco quase sempre está no cuidado com os pacientes — como deve ser. Mas há um ponto crítico que, quando ignorado, pode comprometer toda a operação: a estrutura societária.

É comum que sociedades médicas surjam da afinidade entre profissionais, sem um Acordo de Sócios bem definido. No início, tudo funciona. Mas basta um desligamento, um falecimento ou uma discordância estratégica para que surjam conflitos difíceis de administrar.

O Acordo de Sócios é o instrumento que organiza a entrada e saída de sócios, define a distribuição de lucros, protege contra litígios e assegura a continuidade do negócio.

Outro ponto negligenciado é a escolha do tipo societário.

A depender do porte e dos objetivos da clínica, optar por uma sociedade simples, limitada ou até uma sociedade anônima pode influenciar diretamente na governança, na atração de investimento e, principalmente, na carga tributária — como no cálculo de ISSQN, IRPJ e CSLL.

Também é comum a falta de alinhamento entre participação societária e desempenho clínico. Sem critérios objetivos, sócios com baixa produtividade seguem retirando lucros, o que desestimula quem entrega mais. Estruturas meritocráticas, com remuneração variável e modelos de progressão na sociedade, são caminhos possíveis — e cada vez mais necessários.

Por fim, vale lembrar: sucessão não se improvisa. Quando um sócio se afasta, a ausência de planejamento pode paralisar a clínica e gerar disputas com herdeiros. Ter regras claras para apuração de haveres, cláusulas de exclusão e até seguros é parte essencial de uma boa governança.

Cuidar da estrutura societária não é burocracia — é estratégia. Uma clínica saudável começa por relações societárias bem estruturadas.

Beck Advogados Associados

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