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Última chamada para 2025: o que realmente importa na transição para o IR Mínimo

Se sua empresa ainda não começou a agir, agora é a hora.

Com a aprovação do PL 1.087/2025, entramos na reta final para organizar estruturas, lucros e estratégias antes que a nova tributação entre em vigor. Não é momento de pressa — é momento de precisão. A seguir, reunimos os principais pontos de atenção que podem definir o impacto tributário de 2026 em diante.


1. O que fica de fora da nova tributação

Antes de tentar entender o que entra no cálculo do IR Mínimo, é importante mapear o que fica de fora. Ganhos de capital (com exceção da Bolsa), doações e heranças em linha direta, aposentadorias específicas, indenizações e diversas aplicações financeiras continuam isentos ou com alíquota zero.

E o ponto mais sensível: dividendos referentes a lucros apurados e com distribuição aprovada até 31/12/2025 estão fora da alíquota mínima. Ou seja, respeitar prazos e formalidades pode preservar boa parte do patrimônio familiar.


2. Créditos a receber: o ponto cego da contabilidade

Não basta ter lucro: é preciso que ele esteja corretamente reconhecido até 31/12. Muitas empresas têm receitas que posem ser reconhecidas em 2025 — contratos concluídos, produtos entregues — mas que ainda não foram lançadas na contabilidade.

Se esse crédito só for registrado em 2026, ele ficará fora do escudo de isenção. Uma simples revisão contábil pode representar milhões em economia tributária.


3. Antecipar recebíveis: uma saída elegante (e técnica)

Empresas que tributam pelo regime de caixa precisam ficar atentas. Serviços prestados/produtos vendidos em 2025, mas pagos só em 2026, terão o lucro apurado em 2026 e, portanto, sujeitos a nova regra de tributação dos dividendos.

Antecipar recebíveis — com segurança jurídica — pode ser a chave. Cessão de crédito, desconto de duplicatas, acordos formais: são alternativas legítimas para transformar receitas futuras em resultados contábeis de 2025.


4. Distribuição de lucros e o impacto bancário

Distribuir lucros até 31/12 é essencial. Mas isso altera o patrimônio líquido — e, com ele, os indicadores financeiros da empresa. Para quem depende de crédito, essa movimentação pode impactar o rating, elevar juros ou exigir renegociações.

Cada decisão agora precisa ser avaliada com duas lentes: a fiscal e a financeira.


5. A holding como solução…

Com o novo cenário tributário, as holdings voltaram aos holofotes.

 Mas nem toda empresa se beneficia da mesma forma. Para algumas estruturas, especialmente startups ou sociedades simples, uma holding pode criar entraves — inclusive em planejamentos de saída.

Elegância jurídica é entender que estrutura societária se desenha, não se copia.


6. O checklist estratégico para 2025

✔ Revisar lucros acumulados e disponibilidade de caixa
✔ Identificar e registrar créditos a receber
✔ Avaliar antecipação de receitas
✔ Formalizar atas e documentos societários
✔ Considerar reorganizações ou ajustes patrimoniais
✔ Mapear riscos sucessórios e bancários
✔ Integrar jurídico, contabilidade e financeiro

2025 é o último ano para agir com liberdade.
2026 já será o ano das consequências.


Sua empresa já iniciou esse movimento?
Se quiser conversar sobre prioridades e caminhos possíveis, estamos à disposição.

Beck Advogados Associados

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